21/10/2012

Você confia nas pessoas com quem deixa seu animal? Cuidados para evitar maus-tratos a seu cão por terceiros.


Amigos,

Quando adotamos ou compramos um animal de estimação devemos ter a consciência de que ele dependerá de nós até o fim de suas vidas. Porém, devido às atribulações do dia a dia e às próprias necessidades dos animais, muitas vezes nos vemos obrigados a deixar nossos pets com pessoas que, em geral, não temos condições de conhecer bem, pelo menos inicialmente e, só com o tempo, poderemos descobrir se elas merecem nossa confiança. No entanto, muitas vezes, nem o tempo pode ser suficiente para isso, pois os animais podem dar sinais de que está acontecendo algo de errado quando os deixamos com certas pessoas, mas não conseguimos perceber.

O que me leva a escrever este texto é o caso revoltante (que, provavelmente, vocês já viram) de agressões covardes praticadas contra vários cães, durante o banho, no Pet Shop Quatro Patas, que até a última quinta-feira, 18 de outubro, funcionava na Rua Pernambuco, no Engenho de Dentro, Rio de Janeiro, como foi veiculado pelo RJTV 1ª edição, da TV Globo, como vocês podem ver neste link. (Um alerta: as imagens são muito fortes! Eu mesmo não consegui ver toda a sequência). As agressões eram praticadas pelo Daniel (vejam a foto dele ao final do texto), filho da dona do pet shop, Solange Barroso, com sua conivência. O pet shop, pelo que foi divulgado em algumas reportagens, não teria o alvará (logo, seria clandestino), e, pela pressão de donos de cães e defensores dos animais, revoltados com as imagens, o próprio dono do imóvel onde ele funcionava rescindiu o contrato de locação. Daniel e Solange responderão a processo, de acordo com o Artigo 32, da Lei de Crimes Ambientais. No entanto, nada impede que, depois de algum tempo, e estas barbaridades cometidas contra aqueles cães fiquem esquecidas, eles abram outro pet shop em outro local. Por isso, é importante que divulguemos ao máximo estas imagens para que, tanto o Daniel, quanto a sua mãe, nunca mais consigam exercer nenhuma atividade relacionada a animais, pois não têm capacidade e condições éticas, morais e psicológicas para isso!

Amigos, infelizmente, este é só um caso e, com certeza, outros tantos iguais ou piores existem. Por isso devemos nos cercar de todos os cuidados possíveis para diferenciar os profissionais sérios de pessoas quem nem podem ser chamadas de profissionais ao deixar nossos animais, que amamos tanto, sob seus cuidados, seja em pet shops, hospedagens, clínicas veterinárias, adestradores ou qualquer um que se disponha a prestar serviços para animais, para tentar evitar que estas situações se repitam.

Alguns cuidados que devemos ter, além do mais óbvio, que é tentar obter referências da pessoa com quem vamos deixar nossos animais, e sinais que os animais podem apresentar quando são vítimas de maus-tratos ou agressões, podem ser vistos na entrevista do RJTV, no segundo vídeo desta matéria, com a Médica Veterinária Rita Paixão, do Conselho Federal de Medicina Veterinária, e que listo a seguir.

Cuidados quando deixar o animal em algum lugar ou sob os cuidados de terceiros:
- Procurar conhecer a pessoa e tentar saber se ela tem uma formação adequada;
- Observar a forma como ela aborda o animal;
- Observar como o animal reage na frente dela;
- Procurar saber se o estabelecimento tem um responsável técnico. Existe uma norma que exige que estes estabelecimentos tenham um médico veterinário como responsável técnico;
- Dar preferência a estabelecimentos onde o local de banho fique visível para os donos.

Sinais apresentados por animais vítimas de maus-tratos ou agressões:
- Ocorrência de lesões;
- Medo;
- O animal demonstra não querer ficar no ambiente;
- Quando volta para casa, o animal mostra-se deprimido, fica se escondendo, sem querer se alimentar, ou com alguma alteração do seu comportamento normal. Por exemplo: o animal que era brincalhão não brinca, o animal calmo mostra-se agressivo (porque a agressão é uma forma do animal reagir ao medo) etc;
- O animal pode sofrer, além dos danos físicos, danos psicológicos: tornar-se medroso, agressivo, não reagir bem socialmente, não conviver bem com as pessoas, demonstrar não querer voltar a esse ambiente.

Daniel, o agressor dos cães